domingo, 27 de fevereiro de 2011

Teoria de Gestalt

            A formulação da Teoria de Gestalt data do final do século XIX e teve inicio na Alemanha e na Áustria. São responsáveis por esta, Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1940).
            Segundo esta teoria, que possibilitou o estudo da percepção, o cérebro é um todo dinâmico no qual se processa uma interacção entre diferentes elementos de percepção.
            A Gestalt, ou Teoria da Forma, surgiu por oposição a uma outra psicologia do século XIX, que tinha por fundamento os estados de consciência do indivíduo, decompondo os processos mentais em elementos mais simples – concepção atomista e associacionista.
            A teoria anteriormente existente, defendia que o ser humano parte de sensações elementares para construir as percepções e a Teoria de Gestalt opõem-se ao afirmar que o Homem percepciona conjuntos organizados em totalidades.

“O todo é diferente da soma das partes” é a máxima desta teoria. Na verdade, segundo Gestalt, a forma corresponde à maneira como as partes estão dispostas no todo. Os elementos constitutivos de uma figura são agrupados espontaneamente e esta organização, segundo os gestaltistas, é inata.
Embora existam pequenas divergências entre diferentes autores, quer a nível do número quer a nível da designação, a Teoria de Gestalt, compreende entre 5 a 7 leis da organização Visual:
·         Lei do Fecho
·         Relação Figura-Fundo
·         Simetria
·         Lei da Semelhança
·         Proximidade
·         Simplicidade
·         Preenchimento
Para testar a teoria, foram criadas diversas de figuras de Gestalt, cujo sentido e formas delas retiradas é múltiplo. Ao expor diferentes grupos de pessoas às mesmas imagens, provou-se que nós apenas vemos aquilo que já conhecemos à partida.
Ao visualizar uma imagem, percepcionamo-la de acordo com a bagagem de imagens que temos presentes, pelo que se depreende que a interpretação e o significado latente de uma imagem depende, em parte, do indivíduo que a observa.