quarta-feira, 27 de abril de 2011

Proposta nº4 - Infografia

A proposta nº 4 desafia-nos a criar uma infografia, partindo de um tema/assunto à nossa escolha.
            Em conversa com a minha colega de trabalho, Soraia Barros, concluímos, primeiramente, que o nosso tema pertenceria ao domínio da Ciência. Uma vez que ambas fomos alunas da área de ciências e tecnologias, esta área interessa-nos particularmente e por isso decidimo-nos por ela.
            Dentro deste vasto leque elegemos três temas principais: a doença de Alzheimer, as fracturas de ossos e a separação dos cromossomas homólogos.
            A decisão por um destes temas apenas dependerá da quantidade e qualidade de informação que recolhermos sobre cada um. No entanto, estamos mais interessadas na separação dos cromossomas homólogos, uma vez que é um fenómeno com imensas repercussões nas situações diversas e que assistimos todos os dias e que a maioria das pessoas desconhece.
            Agora, numa fase seguinte do trabalho iremos recolher informação e organizá-la, antes de partir para a criação da “nossa infografia”.

Infografia - Uma nova forma de Comunicar

            Entende-se que, em sentido lato, infografias são representações visuais de informação. Estas são, geralmente, usadas em situações onde se verifica a necessidade de uma explicação mais dinâmica, como por exemplo em mapas ou manuais técnicos.  informação precisa ser explicada de forma mais dinâmica, como em mapas, jornalismo É um recurso complexo, que conjuga ou pode conjugar fotografia, desenho e texto.
            No caso concreto do jornalismo a infografia é utilizada, sobretudo, usado para descrever as circunstâncias em que determinado facto ocorreu ou quais suas consequências. Um bom exemplo disto são os acidentes de viação. No geral não existem imagens do momento em que o acidente se deu, todavia, através da infografia é possível “reconstituir” o ocorrido e perceber, assim, como tal aconteceu.
            A principal vantagem desta forma de comunicar é que permite transmitir um tipo específico de informação para a qual o texto puro não é suficiente. Ou seja, existem temas e assuntos que pela sua complexidade a vários níveis, não são passíveis de se explicarem através de texto. Nestes casos, recorre-se à infografia que permite uma explicação bem mais abrangente.


            Outra das aplicações fundamentais da infografia é a ciência. Quer pelos termos usados, quer por ser um assunto invisível a “olho nu”, qualquer investigação científica fica fortalecida e enriquecida com uma infografia que permita ao público em geral compreender aquilo que em texto seria incompreensível.   
            Alguns autores acreditam que as origens da infografia remontam à pré-história, contudo, muitos outros defendem que remonta, sim, à altura em que surgiram os primeiros mapas de rotas.
            Em 1861, Charles Joseph Minard criou uma infografia que ficou célebre, cujo tema era a marcha de Napoleão sobre Moscovo. Este trabalho constitui um exemplo pioneiro de como muita informação pode ser sintetizada para se tornar mais inteligível.            No gráfico por ele construído existem quatro variáveis diferentes que contribuem para demonstrar o fracasso da campanha, apresentadas numa só representação bidimensional: a distância e direcção que percorreram; a altitude que as tropas atravessaram; a variação no número de soldados à medida que as tropas morriam de fome e dos ferimentos; as baixas temperaturas que enfrentaram.
            Outra figura incontornável na evolução da infografia Harry Beck que, em 1933, projectou o mapa de metro de Londres. Antes do seu trabalho, várias linhas do metro eram representadas geograficamente, muitas vezes sobrepondo-se ao mapa das ruas. Beck percebeu que a localização geográfica era informação supérflua para os usuários de metro, já que eles queriam saber apenas a ordem e relação das estações entre si, para decidir onde mudar de estação. Inspirado na simplicidade de diagramas de engenharia eléctrica, Beck projectou o mapa que seria o paradigma para todos os mapas de transporte público que vieram a seguir.


            Desde então a infografia tem sofrido um grande progresso e tem sido em muito melhorada.
            Noutros países do mundo a infografia representa já uma “indústria”, no entanto, em Portugal os jornais têm muito pouca produção própria e recorrem a infografias de agência. Isto retira, quer aos jornais quer às próprias infografias, um certo prestigio e unidade.
            A meu ver, a infografia é uma nova e emergente forma de comunicação com um enorme potencial, daí que era desejável que os jornais portugueses investissem mais recursos financeiros e humanos nesta nova forma de comunicar com o público.
            À medida que os novos meios de comunicação foram surgindo, verificou-se que uns podem ser complementares aos outros. Agora, com a emergência bem vincada da Internet como meio de comunicação torna-se cada vez mais imperativo investir na utilização de diversos recursos e formas de comunicação num mesmo meio. A infografia é, neste aspecto, muito vantajosa uma vez que é apenas uma ferramenta e nela podem co-existir várias outras, sobretudo textos, imagens, diagramas e gráficos.
             

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Proposta nº 3 | A cor

No âmbito da proposta de trabalho nº 3, foi-nos pedido que escolhessemos três imagens de anuncios publicitários ou cartazes com o objectivo de, alterando as saus cores, modificar a mensagem que estes veiculam.

A nossa escolha recaiu sobre tr~es imagens bem distintas que a seguir apresentámos:

Código de Barras


Imagem Original
 Escolhemos um código de barras, porque esta imagem está fortemente enraizada, com este aspecto formal e sombrio, no quotidiano das pessoas. Independentemente do produto, o código de barras tem sempre o mesmo aspecto, sem qualquer tipo de personalização em função da embalagem. Para nós, a cor e o aspecto do código de barras não transmite qualquer mensagem. Ao alterá-lo e colocá-lo com cores mais vivas, o nosso objectivo foi torná-lo mais apelativo e mais adequado, certamente, aos produtos em que se encontra.

Imagem Trabalhada



Cartaz Dia da Árvore


Imagem Original

Escolhemos este cartaz do Dia da Árvore pois é um belo exemplo das cores tipicamente utilizadas quando o tema é Natureza. Invariavlemente, recorre-se ao verde, quase sempre suave, que remete imediatamente para a calma.
Ao alterar as cores deste cartaz e colocá-lo com tons mais fortes, quentes e até excessivos, pretendemos demonstrar que a cor tem muita importancia na veiculação de uma mensagem. Isto é, se anteriormente, quando o cartaz era verde identificavámos imediatamente a temática, agora, que as suas cores são mais vibrantes e eléctricas, só após a leitura do texto conseguimos perceber do que se trata.

Imagem Trabalhada


Cartaz do Filme Sra & Sr. Smith


Imagem Original

Escolhemos este cartaz uma vez que as suas cores são fortemente formais e adultas. O preto e o vermelho remetem para um filme mais "institucional" e dirigido a uma faixa etária mais velha.
Imagem Trabalhada

O nosso objectivo foi alterar este cartaz, de modo a que a impressão do filme fosse comédia, humor e diversão.
Para alcançar este objectivo, alterámos as roupas, cabelo, lábios e próprias letras do título para cores mais alegres, extrovertidas e explosivas.



Proposta nº 2

Imagens Trabalhadas

                                                                  Álvaro de Campos





Proposta nº 2

Imagens Originais

Ricardo Reis

Álvaro de Campos


Álberto Caeiro








Recolha Fotográfica Proposta nº2






quarta-feira, 30 de março de 2011

Heterónimos

Três Heterónimos ... Três Imagens

Alberto Caeiro



Álvaro de Campos



Ricardo Reis




Proposta nº2 | Heterónimos de Pessoa

Álvaro de Campos

Álvaro de Campos é, dos três heterónimos, o mais URGENTE. Os seus textos denotam uma vontade quase incontrolada de sentir tudo ao mesmo tempo, num SENSACIONISMO exagerado. Todavia, esta vontade que vai além de si mesmo culmina num CANSAÇO, cansoço em si mesmo, só isso. um infimo infimo infimo cansaço...





Alberto Caeiro

Alberto Caeiro foi considerado "O Mestre" dos heterónimos. A sua poesia caracteriza-se por uma recusa do conhecimento das coisas, um OBJECTIVISMO e SENSACIONISMO. Além disso, o verso livre e a métrica tão irregular deixam patente a ideia de liberdade total e recusa absoluta do mundo interpretado. Caeiro defende o NÃO PENSAR. Para este heterónimo o fundamental da sua existência é o OLHAR.

"O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e a esquerda
E de vez em quando olhando para trás..."
"E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca."





Ricardo Reis

Ricardo Reis é, por excelência, o EPICURISTA dos heterónimos. A sua poesia denota o modo clássico de escrita e de pensamento. Em si habita a crença de que o homem é insensível a todos os males físicos e morais.
Reis está intimamente ligado à expressão CARPE DIEM e ao MOMENTO. Procura a todo o instante viver o prazer que cada hora lhe pode oferecer, mas não vive ansiosamente o futuro. A sua marca principal é a CALMA, a PACATEZ e SERENIDADE com que vive e aprecia tudo o que o rodeia.  
Para mim, a personalidade e poesia de Ricardo Reis é claramente e eficazmente traduzida nestes dois versos soberbos e exemplares das suas muitas composições poéticas

"Desenlacemos as maos, porque nao vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio."







Exemplos Tipográficos

Na minha modesta opinião, estas imagens a seguir apresentadas são brilhantes exemplos de composições tipográficas...









quarta-feira, 23 de março de 2011

Tipografia

A origem do alfabeto e dos caracteres que o compõem remete ao tempo dos egípcios (1500a.c.). Esta civilização construiu uma sério de 24/24 caracteres que representavam consoantes. Nestes, verificava-se uma preocupação com o lado mágico/estético em detrimento do funcional. Isto prova-se pelo facto de nunca terem substituído os hieróglifos pelos Glifos fonéticos que criaram.
Mais tarde, a civilização fenícia, por manter diversos contatos comerciais com diferentes povos, sentiu necessidade de criar meio prático para facilitar a comunicação. Pressionados por essa necessidade, os fenícios adaptaram o alfabeto Egípcio (Glifos fonéticos)
Este albafeto viria a servir de base a todos os alfabetos subsequentes, incluindo o que conhecemos hoje em dia. Foram os grregos quem, mais tarde, recuperou o alfabeto fenício e lhe acrescentou as suas vogais, criando assim o Alfabeto Jónico.

                                                                         Excerto do Alfabeto Romano

Tempo depois, foi a civilização Romana a adoptar o alfabeto jónico e a compila-lo com elementos culturais estrangeiros, adaptando-o à sua língua e fonética. É a esta civilização que se atribui o desenvolvimento de vários estilos de letra, cujas utilizações e suportes eram diferentes.
Com o surgimento e evolução dos alfabetos supracitados, surgiu nm novo conceito designado tipografia. Este remete para a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou, mais tarde, digitalmente. O objectivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa.
É desejável que uma composição tipográfica seja legível e visualmente envolvente, tendo sempre em conta o contexto em que é lida e os objectivos da sua publicação. Desde muito cedo, a tipografia, os caracteres ou as letras (como lhe queiramos chamar) mostraram o seu potencial na arte de comunicar além daquilo que está escrito. Foi por este motivo que surgiram os vários tipos de letra, com características particulares, que serviam objectivos e suportes específicos.
Os desenhos das letras produzidos por culturas e povos distintos continuam a ser estudados, recriados e reaproveitados como matéria-prima para o design tipográfico actual, uma vez que o seu valor comunicacional é inegável.
Actualmente, os projectos de novas fontes tipográficas apontam em duas direcções: para o passado, com a recuperação de antigas formas; e para o presente/futuro, nomeadamente em experiências que tentam assinalar a ruptura com o clássico.
O acesso cada vez mais facilitado à tecnologia abre inúmeras possibilidades, que seriam impensáveis sem o uso de tais ferramentas. Todavia, a tecnologia evoluiu também graças à tipografia. Por exemplo, no século XVIII o design tipográfico impulsionou a evolução da técnica de impressão. Os responsáveis pelo desenvolvimento dos tipos de letra procuravam a melhor reprodução de seu trabalho e as formas com grande contraste entre as hastes dos caracteres ou com traços muito finos, só puderam ser utilizados com o aperfeiçoamento dos sistemas de impressão e da produção de papéis e tintas adequados.

                         Excerto do Alfabeto Fenício

O propósito essencial da topografia continua a ser, ainda hoje, a legibilidade e a captação da atenção e do interesse de quem lê. Contudo, aos parâmetros de linearidade e conforto de leitura, culturalmente estabelecidos durante séculos, contrapõem-se tentativas mais ou menos radicais nos campos editorial e publicitário e nos domínios do web design. Deste forma, alguns autores afirmam que a leitura pode ser dividida em dois momentos: primeiro ocorre a identificação visual da mensagem, com toda a sua idiossincrasia gráfica. Logo após, se houver empatia por parte do leitor, este percorrerá o texto, com todo tipo de excessos e ruídos na comunicação, fazendo com que cada ideia capturada seja recebida.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Memória Descritiva Proposta nº 1

Introdução


“A Dança dos Pássaros” de António Pinho Vargas apela a uma sonoridade característica da paz.  Vários motivos levaram a que escolhêssemos esta música. Podemos destacar alguns, como o facto de a música não ter letra (ser apenas acústica) e permitir que a nossa imaginação fosse para além do “guião base”. Também o facto de a melodia ser diferente daquilo que é hoje “moda” entre os jovens foi um factor decisivo na escolha.
Ouvindo e relembrando várias vezes o som, partimos para a acção, ou seja, exprimir os sentimentos que a música nos impele através dos elementos básicos de comunicação.
Sendo os elementos básicos da comunicação diversos, decidimos escolher apenas a linha, a forma, a cor, o tom e a textura.
A música supracitada foi dividida em três partes lógicas que nos permitem, assim, levar o trabalho a bom porto. A divisão mencionada é a seguinte: infância; idade adulta: velhice.
Estas três fases da vida remetem para interpretações diferentes, como tal, na parte correspondente a cada uma delas não foram usados os mesmos elementos básicos da comunicação acima mencionados. Também o enquadramento fez com que os três conceitos fossem tratados de forma distinta no quadrado e no círculo. Contudo, existe uma ligação clara entre os dois campos.


Materiais Utilizados


Quadrado


  • Cartolina azul-escuro com textura (12x12 cm)
  • Papel Branco
  • Plasticina (branco; verde; amarelo; laranja; rosa; vermelho)
  • Linha (violenta; laranja; vermelho; amarelo)
  • Cartolina castanha
  • Papel azul-turquesa com textura
Círculo

  • Cartolina preta
  • Tule (laranja; verde; rosa; azul)
  • Cetim lilás
  • Sarja azul-escuro
  • Plasticina branca
  • Linhas (laranja; lilás)
Procedimento

Quadrado






O quadrado foi dividido em três partes, ou seja, em três rectângulos de dimensão 4cm x 12cm. Cada um destes novos rectângulos será representativo de cada uma das três etapas da música (infância; idade adulta; velhice)
Delineamos como primeira parte a infância e por isso, pensamos, de imediato, em muitas cores (amarelo, verde, branco, laranja, rosa, vermelho), em muitas texturas e curiosamente em doces - chupa-chupas! Para representar esta interpretação recorremos a espirais construídas em plasticina nas diferentes cores apresentadas. As expirais dispõem-se no campo de forma simples e regular, por forma a simbolizar a inocência, muito embora as diferentes cores transmitam uma sensação de alegria e despreocupação. 
A segunda parte prende-se com o evoluir da idade adulta, e por isso, com decisões a tomar, com caminhos a seguir...  As encruzilhadas da vida. No que toca a cores, pensamos em cores quentes e formais (vermelho, laranja, lilás e amarelo), já que a idade adulta é o Verão da vida, o apogeu da existência. Para representar esta encruzilhada de caminhos usámos uma sobreposição de linhas, de modo a demonstrar a confusão e as dificuldades inerentes a esta etapa da vida.
Por fim, a velhice preenche o último rectângulo. Esta temática sugere equilíbrio e estabilidade: o encaixe do puzzle, o fim da etapa! Os tons foram mais escuros, cores que descrevam o final de um longo ciclo. Utilizou-se uma cartolina castanha para construir duas formas que sugerem o último encaixe do puzzle. Ou seja, o cortar a meta da longa corrida que foi a vida.
Existe um crescendo de rectângulo para rectângulo. Isto é, tentamos elaborar uma espécie de escada que encurta a área dos rectângulos seguintes. O objectivo foi demonstrar a efemeridade da vida e do ciclo que representa a " Dança dos Pássaros". Utilizámos, para tal, uma cartolina branca revestida com um papel azul com textura, para realçar o contraste, uma vez que esta escada é fundamental na interpretação da composição visual e, logo, da música.


Círculo





O círculo foi, tal como o quadrado, dividido em três partes. A primeira, mais exterior, corresponde à infância e foi trabalhada segundo as técnicas de comunicação visual: irregularidade e espontaneidade. Nesta parte utilizámos tule de diferentes cores (textura e cor), reflectindo, tal como no outro campo, a alegria e a ingenuidade das crianças.
            Na parte central, que representa a idade adulta, optamos por colocar apenas um círculo de cetim de menor diâmetro, cuja cor (lilás), remete para a formalidade e a orientação associadas ao auge da vida. É importante salientar que há um grande contraste entre a parte reservada à idade adulta nos dois campos (quadrado e círculo). Se no primeiro representámos a confusão e as encruzilhadas da vida, no segundo centramo-nos mais na formalidade e responsabilidade tão características dos adultos.
            O centro do nosso círculo é composto por um círculo de tecido escuro no qual assenta uma espiral branca que tem por função transmitir a efemeridade e a sequência da vida.

Conclusão Final

Quadrado & Círculo


A proposta de trabalho nº 1 tinha como principal objectivo colocar os alunos a observar o mundo de uma forma diferente. Mais em concreto, era desejável que transmitíssemos através dos elementos básicos da comunicação aquilo que sentíamos face a uma música.
A dança dos pássaros fez-nos percepcionar o conceito de vida de um outro modo, dando mais importância a cada uma das etapas que constituem o ciclo da vida.
O resultado final é do nosso agrado e, a nosso ver, representa os sentimentos que a música nos transmite: alegria e ingenuidade, confusão e formalidade, tranquilidade e equilíbrio.