quarta-feira, 27 de abril de 2011

Infografia - Uma nova forma de Comunicar

            Entende-se que, em sentido lato, infografias são representações visuais de informação. Estas são, geralmente, usadas em situações onde se verifica a necessidade de uma explicação mais dinâmica, como por exemplo em mapas ou manuais técnicos.  informação precisa ser explicada de forma mais dinâmica, como em mapas, jornalismo É um recurso complexo, que conjuga ou pode conjugar fotografia, desenho e texto.
            No caso concreto do jornalismo a infografia é utilizada, sobretudo, usado para descrever as circunstâncias em que determinado facto ocorreu ou quais suas consequências. Um bom exemplo disto são os acidentes de viação. No geral não existem imagens do momento em que o acidente se deu, todavia, através da infografia é possível “reconstituir” o ocorrido e perceber, assim, como tal aconteceu.
            A principal vantagem desta forma de comunicar é que permite transmitir um tipo específico de informação para a qual o texto puro não é suficiente. Ou seja, existem temas e assuntos que pela sua complexidade a vários níveis, não são passíveis de se explicarem através de texto. Nestes casos, recorre-se à infografia que permite uma explicação bem mais abrangente.


            Outra das aplicações fundamentais da infografia é a ciência. Quer pelos termos usados, quer por ser um assunto invisível a “olho nu”, qualquer investigação científica fica fortalecida e enriquecida com uma infografia que permita ao público em geral compreender aquilo que em texto seria incompreensível.   
            Alguns autores acreditam que as origens da infografia remontam à pré-história, contudo, muitos outros defendem que remonta, sim, à altura em que surgiram os primeiros mapas de rotas.
            Em 1861, Charles Joseph Minard criou uma infografia que ficou célebre, cujo tema era a marcha de Napoleão sobre Moscovo. Este trabalho constitui um exemplo pioneiro de como muita informação pode ser sintetizada para se tornar mais inteligível.            No gráfico por ele construído existem quatro variáveis diferentes que contribuem para demonstrar o fracasso da campanha, apresentadas numa só representação bidimensional: a distância e direcção que percorreram; a altitude que as tropas atravessaram; a variação no número de soldados à medida que as tropas morriam de fome e dos ferimentos; as baixas temperaturas que enfrentaram.
            Outra figura incontornável na evolução da infografia Harry Beck que, em 1933, projectou o mapa de metro de Londres. Antes do seu trabalho, várias linhas do metro eram representadas geograficamente, muitas vezes sobrepondo-se ao mapa das ruas. Beck percebeu que a localização geográfica era informação supérflua para os usuários de metro, já que eles queriam saber apenas a ordem e relação das estações entre si, para decidir onde mudar de estação. Inspirado na simplicidade de diagramas de engenharia eléctrica, Beck projectou o mapa que seria o paradigma para todos os mapas de transporte público que vieram a seguir.


            Desde então a infografia tem sofrido um grande progresso e tem sido em muito melhorada.
            Noutros países do mundo a infografia representa já uma “indústria”, no entanto, em Portugal os jornais têm muito pouca produção própria e recorrem a infografias de agência. Isto retira, quer aos jornais quer às próprias infografias, um certo prestigio e unidade.
            A meu ver, a infografia é uma nova e emergente forma de comunicação com um enorme potencial, daí que era desejável que os jornais portugueses investissem mais recursos financeiros e humanos nesta nova forma de comunicar com o público.
            À medida que os novos meios de comunicação foram surgindo, verificou-se que uns podem ser complementares aos outros. Agora, com a emergência bem vincada da Internet como meio de comunicação torna-se cada vez mais imperativo investir na utilização de diversos recursos e formas de comunicação num mesmo meio. A infografia é, neste aspecto, muito vantajosa uma vez que é apenas uma ferramenta e nela podem co-existir várias outras, sobretudo textos, imagens, diagramas e gráficos.
             

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